10.6.08

TVE DEBATE - Democratização da Comunicação

Uma iniciativa da TVE com o programa TVE DEBATES

Nesta oportunidade foi discutida a Democratização da Comunicação.

O programa será reprisado no domingo às 21h.

Paticiparam da entrevista professor Luis Nova da UFRB (prof de Comunicação), Berenice Mendes representante do Fórum de Democratização da Comunicação e o Sr. Robinson Almeida (Secretário de Comunicação - BA).
Nesta oportunidade discutiram o tema considerando o contexto atual da sociedade sob forte infuência das TIC e as repercussões destas no processo de comunicação nas mais diversas modalidades.

Continua..........

29.4.08

Seminário W3C "Tecnologias Móveis: seu papel na Promoção do Desenvolvimento Social"2 e 3 de junho de 2008, São Paulo, Brasil

O objetivo do seminário W3C “Tecnologias Móveis: seu papel na Promoção do Desenvolvimento Social”, é compreender os desafios específicos com os quais nos deparamos ao disponibilizar serviços por meio de telefonia móvel e web para populações dos países em desenvolvimento.

É intrigante pensar neste contexto do 'pagou usou' como se daria a pretendida promoção do desenvolvimento social. Seja via telefone móvel ou seja via web, nos países em desenvolvimento em que a infra-estrutura ainda é muito cara a tecnologia hi fi está mesmo para quem pode pagar. O que é mesmo a INCLUSÃO DIGITAL?

Disponível em: http://www.w3c.br/2008/02/MS4D_WS/

18.4.08

Tecnologia é um fenômeno

A minha viagem com o que é tecnologia e tuda sua representação começou com a euforia a atravessar meus poros ao perceber a possibilidade de olhar pela janela da internet e encontrar todo um mundo real e virtual.

Facinante é descobrir em meio a botões e comandos o conhecimento brotando a "olhos vistos" !!

Perplexa e euforica traduzem bem os sentimentos naquele segundo semestre de 2005 na UFBA - Universidade Federal da Bahia. A disciplina denominada de EDC287 - Educação e Tecnologias Contemporâneas ministra por nada mais nada menos que a profª Mª Helena Bonilla. Simplesmente Boni.

Até então a configuração das capacidades potencializadas através do domínio deste instrumento chamado computador se quer teria passado por minha cabeça. Acredite, eu não achava se quer necessário meu computador ter acesso a internet.... Imagine o nível de ignorância.

O insight ocorreu e o desejo de saber mais acompanhou.

Como dizem que o universo conspira a nosso favor quando queremos realizar algo surgiu, a partir da minha integração ao grupo de pesquisa GEC, a oportunidade de monitorar as instalações do Tabuleiro Digital. Ocupei a função como voluntária e pude viver a experiência de descoberta várias vezes por causa dos frequentadores do Tabuleiro. A expressão de cada garoto e garota daquele e dos adultos da comunidade faced ou não deparados com mundos tão diferentes dos seus e tudo que podiam fazer nele e o que nem sabiam ou sabem ainda fazer.... é impagável.

A trajetória de inserção num grupo de pesquisa como o GEC descortinou o mundo acadêmico além das salas facedianas. Aulas além das oferecidas pelos professores das disciplinas escolhidas. Assuntos interdisciplinares ainda não discutidos, mas intrinsecamente ligados com temas discutidos nas salas. Panoramas do mundo e do contexto profissional ainda nem discutidos, se é que eram ao menos propostos.

Lembro sempre de um cartaz existente na sala do laboratório com a ilustração do Tio Sam de seringa em punho a injetar-se na veia dosses de tecnologia em pacotes proprietários....hahahhah
Hoje me vejo a tomar minha dose diária de internet sem a qual não consigo mais viver.

27.3.08

Rumo às sociedades do conhecimento

Diante da necessidade de compartilhar o tema pesquisado a um semestre, trago esta matéria com conteúdo pertinente ao tema do projeto de pesquisa em andamento:

CÚPULA MUNDIAL E A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO NO BRASIL: INFLUÊNCIAS E DESDOBRAMENTOS.

KO$CHIRO MATSUURA

Será que estamos no limiar de uma nova era, a era das sociedades do conhecimento? As reviravoltas científicas do século 20 provocaram uma terceira revolução industrial, a revolução das novas tecnologias, que, essencialmente, são tecnologias intelectuais. Essa revolução deitou as bases de uma economia do conhecimento, colocando-o no cerne da atividade humana, do desenvolvimento e das transformações sociais.
No entanto, informação não é conhecimento. E a incipiente sociedade mundial da informação, que é o tema da Cúpula de Túnis (de 16 a 18 de novembro), só irá realizar seu potencial se facilitar o surgimento de sociedades do conhecimento pluralistas e participativas que, mais do que excluir, incluam.
Isso significa que no século 21 vamos assistir ao desenvolvimento de sociedades de conhecimentos compartilhados? Como destaca relatório mundial da Unesco ("Rumo às Sociedades do Conhecimento") coordenado por Jérôme Bindé e publicado com vistas à Cúpula de Túnis, nas sociedades do aprendizado, não deve haver indivíduos que são excluídos, pois o conhecimento é bem público que deve ser acessível a todos.
O conhecimento possui duas qualidades notáveis: a não rivalidade e, uma vez prescrito o período de proteção sob os direitos de propriedade intelectual, a não exclusividade. A primeira ilustra uma propriedade destacada por Jefferson: "Quem recebe uma idéia de mim, recebe instrução sem diminuir a minha instrução, assim como quem acende sua vela na minha, recebe luz sem me jogar no escuro". A segunda propriedade significa que qualquer pessoa pode fazer uso livre dos conhecimentos que integram o domínio público.
Há hoje uma consciência de que o desenvolvimento de sociedades baseadas na partilha do conhecimento constitui a melhor maneira de travar guerra efetiva contra a pobreza, de prevenir grandes ameaças à saúde e de promover um desenvolvimento humano sustentável.
Entretanto, existem cinco obstáculos que se interpõem ao advento das sociedades de conhecimento compartilhado:
1) O abismo digital: ausência de conexão significa ausência de acesso. 2 bilhões de pessoas não são conectadas à rede elétrica e três quartos da população global tem pouco ou nenhum acesso às telecomunicações básicas.
2) O abismo cognitivo.
3) A concentração de conhecimento em áreas geográficas restritas.
4) O conhecimento existe para ser compartilhado. Como alcançar o equilíbrio entre a universalidade do conhecimento e a propriedade intelectual?
5) O desenvolvimento de sociedades de conhecimento compartilhado é prejudicado hoje pelas crescentes divisões sociais, nacionais, urbanas, familiares, educacionais e culturais e pela persistente divisão de gêneros.


Nas sociedades do aprendizado, não deve haver excluídos, pois o conhecimento é bem que deve ser acessível a todos

Para superar esses obstáculos, os países terão que investir muito na educação, na pesquisa, no infodesenvolvimento e na promoção de sociedades de aprendizado. O que está em jogo é o destino de todos os países, pois os que não investirem suficientemente colocarão em risco seu próprio futuro. Quais são as soluções práticas propostas no relatório da Unesco? Eis exemplos:
1) Investir mais na educação de qualidade para todos.
2) Os governos, o setor privado e os parceiros sociais devem explorar a possibilidade de, no século 21, introduzir progressivamente uma "dotação por tempo de estudo" que dê aos indivíduos o direito a alguns anos de educação após o término do ensino obrigatório.
3) Ao mesmo tempo em que se aumentam investimentos em pesquisa, é preciso promover novas formas de partilha do conhecimento, como o colaboratório. Essa nova instituição virtual, que inclui laboratório e colaboração, possibilita que pesquisadores trabalhem juntos em redes que atravessam fronteiras. Devemos a essa inovação a decodificação do genoma humano.
4) Também é preciso promover a diversidade lingüística nas sociedades do conhecimento e aproveitar os conhecimentos locais e tradicionais.
Mas o Sul tem condições econômicas de sustentar sociedades do conhecimento? Não serão um luxo reservado ao Norte? É claro que poderíamos responder parafraseando Lincoln: "Se você acha que o conhecimento custa caro, experimente optar pela ignorância!". Não devemos aprender uma lição com o sucesso de tantos países do mundo?
Alguns investem maciçamente em educação e pesquisa científica há várias décadas e conseguiram reduzir a pobreza absoluta de forma substancial. Alguns já superaram muitos países ricos em termos de PIB per capita. Outros, que já figuravam entre os países avançados, fortaleceram ainda mais suas chances em nível global e, ao mesmo tempo, continuam a elevar o nível de desenvolvimento humano sustentável.
É possível afirmar que um mundo que dedica US$ 1 trilhão por ano a gastos militares não possui meios de promover sociedades do conhecimento para todos? Para fazer frente a um mundo profundamente dividido por disparidades de todos os tipos, não existe alternativa senão a partilha de conhecimentos. Diz um provérbio africano que o conhecimento é como o amor: é a única coisa que cresce quando é compartilhada.


Koïchiro Matsuura, 68, economista e diplomata japonês, é o diretor-geral da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
Tradução de Clara Allain

18.2.08

Escolaridade afeta a possibilidade de desenvolvimento sustentável

Escolaridade afeta a possibilidade de desenvolvimento sustentável PDF Imprimir E-mail

Publicado em O Globo

31/01/2008

Para Wanda Engel, a desigualdade de acesso a uma educação de qualidade está definindo no Brasil uma situação que já vem sendo caracterizada como uma “crise de audiência do ensino médio”

Em artigo, a superintendente do Instituto Unibanco, Wanda Engel, comenta dados de pesquisas que mostram que os níveis de escolaridade afetam diretamente o grau de competitividade e a possibilidade de desenvolvimento sustentável de um país. “A desigualdade, as relações de desconfiança e discriminação entre grupos sociais, a violência e o baixo nível de responsabilidade social interferem diretamente na capacidade de uma sociedade promover seu próprio desenvolvimento econômico, social e político”, diz.

Segundo Wanda, estudos do Banco Mundial revelam que comportamentos negativos dos jovens podem representar uma redução anual do crescimento. A situação de vulnerabilidade desse segmento da população pode fazer com que deixemos de ganhar, nos próximos 40 anos, algo em torno de R$ 300 bilhões (16% do PIB). Para a autora, a desigualdade de acesso a uma educação de qualidade está definindo no Brasil uma situação que já vem sendo caracterizada como uma “crise de audiência do ensino médio”. Do total da população de 10 milhões de jovens entre 15 e 17 anos, somente 4 milhões se encontram matriculados nesse nível. Como conseqüência histórica dessa situação, o percentual da população economicamente ativa com escolaridade média no Brasil é de apenas 14,4%, enquanto no México esse índice chega a 37%; no Chile a 35,7%; e na Argentina a 31,1%. “Uma sociedade, para ter futuro, necessita de um mínimo de coesão social, como condição básica para que ela seja capaz de produzir o bem-estar coletivo”, finaliza.